“Modificação,
resolução, conversão,
Não sou mais o
que era.
Eu cresci,
mudei, me recriei,
Troquei o chão
pelo ar.
Deixei de
prostrar-me e decidi voar!”
(Trecho do livro – Metamorfose em palavras)
Não há dia sem a metamorfose da noite. Não há chuva sem a metamorfose da
nuvem. A metamorfose faz parte da vida; mazelas e alegrias se fundem para nos revolucionar.
Nosso casulo nada mais é do que um mergulho profundo dentro de si mesmo. A vida
tem suas fases, tudo se transforma, A única constância é: a mudança!
Bem dizia Rubem Alves:” A alma é
uma borboleta. Há um instante em que uma voz nos diz que chegou o momento de
uma grande metamorfose.” Ou seja, todos nós estamos fadados a momentos de
solidão e um confinamento interno, deixando para trás tudo fomos (pois somente
quem abre mão de quem é, se transforma naquilo que se pode ser), tudo que já
foi nosso... até o momento em que essa crisalida não nos couber mais.
É necessário esse período de transição e adversidades. É somente nas
fases de maior adversidades que surgem as grandes oportunidades. Oportunidade
de crescimento e amadurecimento. Pois o infortúnio é como um vento forte arranca
tudo de nós; e o que fica é realmente o que é nossa essência.
Pensemos na metamorfose das borboletas: Enquanto lagarta, ela rasteja no
chão por entre folhas... Sem ser notada, sem nenhum valor. Até que chega o
momento em que ela deve escolher entre correr o risco de se apertar em um
casulo dependurada e enfrentar um período de enclausuramento e solidão, ou
correr o risco de passar o resto na vida rastejando. Não sendo o bastante, ela
também escolhe, permanecer apertada ou passar pela dor de se desapertar, e ter
força necessário com suas frágeis asas como em botão florir.
Ai está a nossa bela arte da vida, viver em equilíbrio. Saber o momento
certo de desistir ou suportar. Eis a essência da paz interior: viver o que
realmente é; é concluir o ciclo, a
travessia!
E você está disposto a ousar
fazê-la? Preparado para concluir sua metamorfose?
Que sejamos aprendizes das borboletas, que sejamos corajosos para vencer
as ventanias que nascem dentro de nós. Que sejamos constantes em nossas
mudanças, mesmo que para isso seja necessário passarmos por longas e silenciosas
metamorfoses.
Mariane Helena
0 comentários:
Postar um comentário